A doença de Alzheimer é um distúrbio cerebral progressivo que afeta a memória, o pensamento e o comportamento, sendo a causa mais comum de demência em idosos.

O risco genético de desenvolver a doença de Alzheimer é complexo e não totalmente compreendido. No entanto, foram identificadas certas variações genéticas que aumentam o risco de desenvolver a doença.

O fator de risco genético mais conhecido para a doença de Alzheimer é a presença de uma variante específica do gene da apolipoproteína E (APOE), chamada APOE e4. Ter uma cópia dessa variante aumenta o risco de uma pessoa desenvolver a doença de Alzheimer, e ter duas cópias dela aumenta ainda mais o risco. No entanto, é importante observar que nem todos os portadores do alelo APOE e4 desenvolverão a doença de Alzheimer e que outros fatores genéticos e ambientais também desempenham um papel.

Outras variações genéticas que foram associadas a um risco aumentado de doença de Alzheimer incluem mutações nos genes que codificam a proteína precursora beta-amilóide (APP), presenilina 1 (PSEN1) e presenilina 2 (PSEN2), que estão envolvidos na produção de placas amilóides no cérebro, uma característica da doença de Alzheimer.

Também é importante observar que há também um componente genético significativo para a doença de Alzheimer de início tardio, que compreende a grande maioria dos casos de Alzheimer, mas os fatores genéticos que contribuem para isso são menos compreendidos e provavelmente envolvem múltiplos genes.

O risco genético para a doença de Alzheimer é apenas uma pequena parte do quadro geral, e muitos outros fatores não genéticos, como estilo de vida, meio ambiente e saúde geral, também desempenham um papel no desenvolvimento da doença.

Algumas práticas que auxiliam na prevenção de demências são: preservar relações sociais e familiares, estimular atividades intelectuais, manter uma alimentação equilibrada de perfil mediterrâneo e praticar atividades físicas regulares.

25 de abril de 2023 — Rodrigo Matheucci