Na susceptibilidade ao alcoolismo, o polimorfismo monitorado no gene DRD2 está relacionado com um número reduzido de sítios de ligação à dopamina no cérebro e, consequentemente, com a redução de estímulos positivos gerados por ela. Esta alteração vem sido colocada em diversos estudos como uma das responsáveis pelo alcoolismo devido à ação do sistema recompensa, cuja função de validação de comportamentos está diretamente relacionada com a liberação de dopamina. Sendo assim, estes indivíduos com sensibilidade reduzida para dopamina demandam um consumo cada vez maior de álcool para gerar a mesma sensação de prazer que um indivíduo que não carrega a alteração no gene DRD2.

Outro polimorfismo monitorado para o alcoolismo está relacionado com o metabolismo de grelina, que é responsável por controlar sensações como fome e compulsão. Neste caso, a via de recompensa também é ativada pela ação da grelina com a região mesolímbica dopaminérgica do cérebro.

Caso haja propensão genética alta para o alcoolismo, é preciso atentar-se às sensações causadas pelo álcool e buscar um profissional especializado quando julgar necessário.

 

Referências

https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/9672901/

https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/21244440/

http://europepmc.org/backend/ptpmcrender.fcgi?accid=PMC7485556&blobtype=pdf

https://www.science20.com/news_releases/comorbidity_ghrelin_hunger_hormone_implicated_in_alcohol_dependence

 

01 de fevereiro de 2023 — Rodrigo Matheucci