A cannabis medicinal pode melhorar a saúde tratando sintomas de certas condições como dor crônica, espasmos musculares, náuseas e vômitos causados pela quimioterapia e falta de apetite e perda de peso causada por doenças crônicas, como HIV/AIDS.

Além disso, algumas pesquisas sugerem que a cannabis medicinal pode ter propriedades neuroprotetoras e pode ser benéfica no tratamento de condições como epilepsia, esclerose múltipla e transtorno de estresse pós-traumático. No entanto, é importante observar que são necessárias mais pesquisas para entender completamente os possíveis benefícios e riscos à saúde da cannabis medicinal, e ela só deve ser usada sob a orientação de um profissional de saúde.

O tratamento medicinal com cannabis funciona atuando no sistema endocanabinóide, que é uma rede de receptores no corpo que ajuda a regular funções como dor, humor, apetite e sono. Os principais compostos ativos da cannabis, o tetrahidrocanabinol (THC) e o canabidiol (CBD), interagem com esses receptores para produzir efeitos terapêuticos.

O THC é o principal responsável pelos efeitos psicoativos da cannabis, incluindo o "barato" que as pessoas experimentam, mas também possui propriedades analgésicas e anti-inflamatórias. Vale lembrar aqui que mesmo que o THC seja prescrito para uma terapia, o médico pode ajustar a dosagem para que o paciente não sinta necessariamente esse “barato”.

O CBD, por outro lado, não produz efeitos psicoativos e acredita-se que tenha uma série de benefícios terapêuticos, incluindo redução da ansiedade, melhora do sono e redução da inflamação.

A cannabis medicinal pode ser administrada em várias formas, o que mais se vê hoje em dia é o óleo para consumo oral. A escolha da forma e da dose dependerá das necessidades individuais e da condição médica do paciente e deve ser discutida com um profissional de saúde.

E por falar em necessidades individuais, sim! A genética desempenha um papel na eficácia do tratamento com cannabis medicinal. Variações nos genes podem afetar o metabolismo de THC e CBD de um indivíduo, levando a diferenças na forma como eles respondem ao tratamento. Por exemplo, algumas pessoas podem metabolizar o THC mais lentamente, resultando em um efeito mais duradouro e potencialmente mais forte. Por outro lado, outros podem metabolizar o THC mais rapidamente, levando a um efeito mais fraco.

Além disso, a genética também pode influenciar a probabilidade de um indivíduo experimentar efeitos colaterais da cannabis medicinal, como boca seca, memória prejudicada e aumento da frequência cardíaca.

É importante observar que as respostas individuais à cannabis medicinal também podem ser influenciadas por uma série de outros fatores, incluindo idade, peso e a condição médica específica que está sendo tratada. Como tal, é importante trabalhar em estreita colaboração com um profissional de saúde para determinar a forma e a dose mais apropriadas de cannabis medicinal para cada paciente. O Grupo DNA realiza análises genéticas que te auxiliam a encontrar a dose ideal para obter um tratamento efetivo.

01 de fevereiro de 2023 — Rodrigo Matheucci