A genética pode desempenhar um papel importante na ocorrência de doenças crônicas. Muitas doenças crônicas, como diabetes tipo 2, doenças cardíacas, câncer e doenças autoimunes, têm uma predisposição genética subjacente. Isso significa que certas variantes genéticas podem tornar uma pessoa mais susceptível a desenvolver essas condições em comparação com outras pessoas que não têm essas variantes.

No entanto, é importante notar que a genética não é o único fator que influencia o desenvolvimento de doenças crônicas. Estilos de vida pouco saudáveis, como uma dieta pouco saudável, falta de atividade física, tabagismo e consumo excessivo de álcool, também podem aumentar o risco de desenvolver doenças crônicas. Além disso, fatores ambientais, como poluição do ar e exposição a substâncias químicas tóxicas, também podem desempenhar um papel no desenvolvimento desses quadros.

Por isso, a combinação de fatores genéticos, ambientais e de estilo de vida é que contribuem para o desenvolvimento de doenças crônicas. É importante ter em mente que, embora algumas pessoas possam ter uma predisposição genética para certas doenças, há muitas coisas que podemos fazer para reduzir o risco de desenvolvê-las, como manter uma alimentação saudável, praticar atividade física regularmente, evitar o tabagismo e o consumo excessivo de álcool e evitar a exposição a substâncias químicas tóxicas.

O paralelo mais importante que temos discutido com os parceiros da DNA Club é com os genes que codificam as vias de detoxíficação, os quais estão envolvidos no processo de remoção de substâncias tóxicas do corpo, como poluentes ambientais, metais pesados, pesticidas e produtos químicos industriais. Esses genes produzem enzimas que metabolizam essas substâncias, transformando-as em compostos menos tóxicos que podem ser excretados do corpo.

Algumas variantes genéticas nos genes da detoxificação podem afetar a eficácia dessas enzimas. Isso pode levar a uma menor capacidade de desintoxicação, o que pode aumentar o risco de doenças crônicas, como doenças cardíacas, câncer, doenças autoimunes e outras doenças relacionadas à exposição a substâncias tóxicas. Por exemplo, a exposição ao benzeno, um produto químico industrial comum, pode aumentar o risco de leucemia. Estudos mostraram que pessoas com variantes genéticas específicas nos genes da detoxificação têm maior risco de desenvolver leucemia quando expostas ao benzeno do que aquelas que não possuem essas variantes.

Alguns estudos sugerem que a exposição a substâncias tóxicas pode interagir com variantes genéticas específicas para aumentar o risco de doenças crônicas. Por exemplo, a exposição ao fumo do tabaco pode interagir com variantes genéticas relacionadas ao metabolismo do tabaco para aumentar o risco de doenças pulmonares, como enfisema e câncer de pulmão.

Em resumo, os genes da detoxificação podem desempenhar um papel importante na susceptibilidade a doenças crônicas, especialmente em pessoas expostas a substâncias tóxicas no ambiente. No entanto, é importante lembrar que outros fatores, como estilo de vida e fatores ambientais, também contribuem para o risco de doenças crônicas. Conte com o Grupo DNA para realizar sua avaliação genética.

25 de abril de 2023 — Rodrigo Matheucci